Memórias do tempo de Infância- Aline silva
- Bruno Caetano
- 6 de out.
- 3 min de leitura
Atualizado: 16 de nov.

Desde quando era mais nova sempre gostei de coisas antigas. Não sei dizer ao certo, o porquê disto. Mas o fato é que tais coisas me instigaram de maneira única.
Lembro-me de passar horas folheando a coleção de revistas do meu pai e admirando a evolução dos editoriais, ao passar dos anos. Ele continha revistas de vários anos. De décadas como 80 e 90. Dos mais variados assuntos; como culinária, família, religião, dentre outros.
Passava tardes e tardes admirando o estilo das fotos, o padrão das cores, a forma das letras. Ficava fascinada, principalmente quando via algum texto que me chamava atenção, e no final quando vinha assinado… “Texto por: …”. Me encantava.
Ler algo de alguém que já tenha sido escrito há algum tempo. Saber a opinião da pessoa sobre determinado assunto no tempo em que foi escrito, a forma como ela retrata. Eu imaginava até o que a pessoa estava sentindo para escrever.
Quando meu pai me mostrou suas anotações de seu tempo de menino no Paraná, fiquei boquiaberta. Como era incrível a maneira como ele descrevia seu cotidiano, tudo que ele vivenciou, sua época de infância. Tudo contribuiu para a pessoa que ele se tornou. Seu tempo diz muito sobre sua pessoa.
Até onde consigo lembrar sempre fui ligada a coisas de tempos passados, sempre gostei de observar a mudança das coisas. Como a fotografia, por exemplo, até chegar a “Era Digital” tanta coisa mudou. Nas épocas do filme, havia todo um trabalho de esperar o filme ser revelado para então descobrir como de fato ficou a foto. Imagino que era uma magia sem igual, todo esse processo.
O filme precisava ser rebobinado, tinha sempre um cuidado todo especial para não perdê-lo. Para ele não “queimar”.
Nos dias atuais isso tudo não passa de passado. Afinal, em um click, temos a foto em nossas mãos, e temos a liberdade de tirarmos quantas fotos desejarmos, até sair a bendita foto perfeita.
Acho fascinante pensar em quantas coisas mudaram. Quando criança amava ouvir os causos contados por meus pais, minha tia, sobre como eram as coisas em seus tempos de criança, de quando eram mais jovens. Tudo passou, tudo mudou.
Interessante pensar no que foi, em como foi. E ver as diferenças dos dias atuais para os tempos passados. Tem coisas que só restam saudades, os tempos já não são mais os mesmos.
Atualmente já não nos reunimos mais na calçada até mais tarde como antigamente. A internet, definitivamente, já não é algo distante, os orelhões já são uma peça rara. E os celulares hoje comportam muito mais do que necessariamente precisamos para podermos viver.
Em pensar que quando ele foi lançado, sua única função era telefonar. Quem imaginaria no que ele se tornaria…
E tudo passa por uma EVOLUÇÃO. Mas tudo o que foi bom, que deixou história, merece ser sim lembrado, revivido, compartilhado e ensinado.
O tempo atual pode sim abrir espaço para o que valeu a pena, como aquela velha e boa receita de bolo de nossas avós. A vida merece as boas e velhas nostalgias de nossos antepassados que estimularam nosso presente. E é sempre bom recordarmos as memórias que marcaram, que ficaram…
Aline silva pela editora
Autora competente e eximia comunicadora, Aline é capaz de traduzir em palavras imagens, cores e sentimentos. Por ser muito comunicativa, consegue capturar a essência humana ao falar de situações particulares, deixando-nos a refletir sobre os pequenos — e ricos — momentos da vida
— Bruno Caetano (Editor)
Aline silva por si
Paulista que reside em Minas desde sempre, adora uma boa conversa acompanhada de um bom café, é claro.




Comentários