Claudio Felipe
- Bruno Caetano
- 6 de out.
- 1 min de leitura
Atualizado: 16 de nov.

Criança
Puxa filho, você viajou no avião e com o presidente da república e não me disse nada!
-Bobagem, pai, um avião como qualquer outro, a única diferença é que tinha meu nome bordado no banco!
Levei-o para conhecer a refinaria, meu colega até levou-o para dar uma volta de carro de bombeiro. "O que você mais gostou?".
-As portas do seu prédio são pintadas de amarelo!
O quê será este menino quando crescer?
Diversão
Primeiro ele tentou me subornar, depois me disse que conhecia muita gente importante na empresa, ficou nervoso e me chamou de um bosta, afinal ele ganhava várias vezes mais que eu. Não assinei o recibo do produto não entregue. Foi reclamar com meu chefe, recebeu como resposta ele não conhecia nada sobre meu serviço, algo assinado por mim ele despachava sem se preocupar em ler.
Doze horas diárias por conta da empresa, (deslocamento incluído), muita aporrinhação e não ter nem o prazer de trabalhar direito?
Consolo
Rotineiramente o motorista o deixava em minha casa. Eu levava ele e meu filho para passearem.
Todo lugar que os levava, o menino já foi em um melhor.
Eu pensava: eu sempre te levo para passear, seu pai não tem tempo.
A escrita de Cláudio
Os textos curtos refletem o pensamento fugaz que se esvaí nas tarefas do cotidiano. Marcado pelo estilo diminuto a escrita de Cláudio provoca a reflexão sobre eventos do dia a dia e nos chama a atenção pela simplicidade mundana.
— Bruno Caetano (Editor)




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